Discurso de SEXA PR por ocasião da Inauguração do Teatro Municipal de Faro

Teatro Municipal de Faro
01 de Julho de 2005


É um motivo de grande alegria e responsabilidade para todos os algarvios a inauguração deste Teatro Municipal. A partir de agora, o país, o Algarve e a cidade de Faro dispõem de um equipamento que cria oportunidades para uma nova oferta, uma efectiva descentralização e para novas práticas culturais.

Tive oportunidade de apreciar a importância do projecto que se pretende implementar com a criação do Núcleo Cultural do Teatro Municipal de Faro, neste espaço situado entre a Estrada Nacional 125 e o Caminho de Ferro.

Este novo edifício do Teatro, com as recuperações patrimoniais da Casa das Figuras e do Solar da Horta do Ourives, vem dar um arranque decisivo no plano urbanístico desta área, criando um conjunto de novos usos para os antigos edifícios e novas relações deste antigos edifícios com o novo teatro.

Cabe-me, por isso, felicitar o Arq. Gonçalo Byrne e a equipa que coordenou este belo e equilibrado projecto, assim como todas as empresas e entidades envolvidas na sua concretização. Diga-se que este projecto só foi possível porque resultou de apoios da União Europeia e de investimentos do Estado e da Câmara Municipal de Faro.

É muito significativo que este novo Teatro Municipal se abra ao público no próprio ano em que decorre Faro 2005, Capital Nacional da Cultura, um acontecimento importante que, esperamos todos, contribuirá para o relançamento das actividades artísticas, para a afirmação da identidade cultural do Algarve, para a divulgação das suas organizações e associações culturais e dos seus artistas.

Todos sabemos quanto o Algarve necessita de alargar e qualificar a sua oferta turística, apostando nas vertentes da cultura e do turismo cultural, para que possa proporcionar uma cada vez mais valorizada e diversificada oferta, quer aos turistas, quer aos seus habitantes.

Certamente, o Teatro Municipal vem criar novas e excepcionais condições para espectáculos de Teatro, Música, Dança, ou outros, constituindo um excelente meio para enriquecer decisivamente a vida cultural, quer através de produções nacionais, quer de produções internacionais. É isso que todos desejamos. Há que fazer deste equipamento um uso exigente, com uma permanente avaliação de resultados. Espero que a programação futura venha a dar consistência e razão de ser a este vultuoso investimento. Há condições de partida para isso, pois os estatutos permitem estabelecer planos de actividade e planos financeiros plurianuais, condição necessária para assumir compromissos e planear uma programação de qualidade e impacto.

Faço votos de que aqui seja, a partir de hoje, criada uma dinâmica que venha a integrar este Teatro nas redes de oferta cultural, que importa reforçar, do Sul de Portugal e do Sul da Península Ibérica. Para isso, é necessário conjugar esforços de todos: artistas e outros agentes culturais, programadores e mecenas. Só assim este novo pólo cultural poderá cumprir cabalmente a sua missão.

Termino, felicitando o Senhor Secretário de Estado da Cultura e o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Faro, pelo esforço que o Ministério da Cultura e o Município fizeram de modo a tornar realidade este novo Equipamento Cultural.

Saúdo também o Presidente da Faro 2005, Capital Nacional da Cultura, desejando-lhe os maiores êxitos para este evento, fazendo dele uma oportunidade para a mobilização das estruturas e organizações culturais, em prol do desenvolvimento do Algarve e do país.