A Personalidades da Expo 98 (No acto de agraciamento)

Palácio Nacional da Ajuda
09 de Julho de 1999


A Exposição Mundial de Lisboa foi uma grande realização, na qual, justamente, os portugueses se reviram com orgulho e que apreciaram como um símbolo e uma aposta na nossa modernidade.
Com a Expo’98 comemorámos os 500 anos da chegada por mar dos Portugueses à Índia, essa extraordinária aventura que fundou a Idade Moderna e que é um dos grandes fundamentos do universalismo português. Por isso, os oceanos e o seu valor único para a Humanidade foram o tema da Exposição de Lisboa.
Comemorámos o passado, projectando-o e redescobrindo o que nele foi impulso para o futuro, pioneirismo, abertura, antecipação. É também nesse espírito que estamos agora a lembrar a nossa chegada ao Brasil, há meio século - celebrando os laços que nos unem e a língua que é vínculo a ligar duzentos milhões de seres humanos.
Os homens e mulheres, as instituições, os povos e as Nações revêem-se nos símbolos que os unem e que lhes são memória, referência, inspiração. A democracia é o regime da participação e da responsabilidade de todos e de cada um perante os outros. É assim que expressamos reconhecimento àqueles que, com o seu trabalho, talento, criatividade, competência e dedicação, prestaram serviços relevantes à comunidade e ao País, contribuindo para o prestigiar e afirmar. As condecorações são, em democracia, símbolo da homenagem que é testemunhada em nome de todos.
A Expo’98 foi uma obra que envolveu muitas pessoas, portugueses e estrangeiros, e muitos meios. É justo que se manifeste público reconhecimento, por várias formas, àqueles que conceberam, projectaram, dirigiram, executaram e tornaram possível este grande projecto.
É, por isso, com muito gosto que vou agraciar, sob proposta do Governo, um conjunto de pessoas, às quais se deve muito do êxito da Exposição. A todos expresso a gratidão do País.
Ao atribuir estas distinções, faço-o na certeza de que a Expo’98 constituiu um exemplo, transmitiu uma mensagem e foi uma obra que terá continuidade. A alegria pelo que fizemos só reforça a nossa responsabilidade face ao que falta fazer. Essa é, não o esqueçamos, a razão que tornou a Expo’98 um projecto verdadeiramente nacional, mobilizador e importante para a afirmação de Portugal no Mundo.