Palavras Proferidas à Chegada ao Aeroporto de Macau (Visita oficial ao território)

Macau
18 de Fevereiro de 1997


Nesta minha primeira visita a Macau, desejo, antes de mais, saudar a sua população, que enfrenta, com determinação e coragem, as exigências dos tempos modernos, e aqui trabalha para fazer do Território, num quadro de desenvolvimento e estabilidade, uma terra em que valha a pena viver.
E transmitir-lhe que o Presidente da República veio aqui para conhecer, agora de modo directo, as realidades e aspirações locais e para trazer a esta comunidade uma mensagem de confiança, de compromisso e de apelo à responsabilidade.

De confiança, porque o modo como tem sido possível realizar as tarefas da transição e o empenho de todos os seus agentes na adaptação de Macau ao quadro definido na Declaração Conjunta, indica, claramente, que, agora e no futuro, este Território continuará a ser ele mesmo e que, por isso, a sua identidade e modo de viver se manterão; de compromisso, porque todos os órgãos de soberania da República, na coordenação que tenho continuadamente promovido, se manterão atentos e actuantes para que a Macau seja garantida estabilidade, segurança, prosperidade e liberdade; de apelo à responsabilidade, porque os primeiros e os últimos artífices de um Macau com o largo grau de autonomia que a Declaração Conjunta lhe reconhece, livre, justo e próspero, são os seus habitantes, os que aqui nasceram e os que aqui escolheram viver, e que só com eles, com a sua clarividência, com o seu sentido da realidade e com o seu apreço pela maneira de viver própria, será possível continuar a ter Macau como terra onde se nasce, vive e morre, livre e em paz.

Que ninguém esmoreça!