Visita a Cahora Bassa

Songo
02 de Maio de 1997


Não poderia deixar passar a oportunidade, que este agradável almoço no centro Social do Songo me proporciona, para aqui tecer algumas breves reflexões sobre a importância do magnífico empreendimento que dentro de momentos irei ter o privilégio de visitar uma vez mais.
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa encerrou sempre, pela sua magnitude e o seu elevado potencial de produção energética, enormes possibilidades de rentabilização que, agora, quando a paz neste país se consolida irreversivelmente, todos queremos possa contribuir significativamente para o desenvolvimento harmonioso de Moçambique.
É com os olhos postos no futuro que deveremos continuar a encarar este portentoso empreendimento. volvidos mais de vinte anos desde a sua construção, permanece por explorar plenamente o seu quase inexaurível potencial. Moçambicanos e portugueses, irmanados neste, como em tantos outros projectos, têm hoje perfeita consciência de que só através de uma forte solidez financeira estará assegurada a longo prazo a viabilidade de Cahora Bassa.
Esta Hidroeléctrica, mais do que um projecto, consubstância uma realidade que não poderá deixar de estar associada à redifinição em curso da rede energética da África Austral, assim como da avaliação dos seus recursos fluviais.
Importa, pois, ter a coragem de saber tomar as decisões acertadas, em todas as áreas e domínios, designadamente o financeiro. Dever-se-à, sejam quais forem os caminhos escolhidos, enveredar por uma visão de futuro, que seja adequada a um conceito de gestão dinâmica e eficaz.
Quero terminar, dirigindo uma palavra de estímulo e de apreço aos corpos gerentes da Hidroeléctrica de Cahora Bassa aqui presentes, assim como às altas Autoridades moçambicanas que igualmente nos distinguem com a sua presença e que através dela corporizam o nosso propósito comum de continuarmos juntos esta jornada.