As minhas primeiras palavras são, naturalmente, para felicitar afectuosamente o Mestre Júlio Resende pelos seus 80 anos tão cheios de energia, de vivacidade de espírito, de criatividade.
Faço-o como amigo e admirador, de há muitos anos. E faço-o como Presidente da República, expressando-lhe o reconhecimento do País pelo muito que tem prestigiado a nossa cultura.
Trabalhador infatigável, homem de rara integridade cívica, professor a quem a Escola e sucessivas gerações tanto devem, grande pintor, Júlio Resende é um exemplo de fidelidade ás raízes, aos ideais, às convicções.
A sua obra evidencia uma riquíssima e surpreendente variedade e uma ímpar capacidade de renovação. Nas suas várias épocas e fases, tem marcado o nosso tempo e é uma referência maior da nossa pintura.
É muito feliz e digna de louvor, por isso, a ideia de constituir uma Fundação com o nome e sob a égide de Júlio Resende, destinada a conservar, estudar e divulgar a obra do Mestre e que, ao mesmo tempo, é um lugar aberto à promoção e à divulgação da arte e da cultura.
Os responsáveis por esta iniciativa e aqueles que contribuíram para a sua concretização merecem, nesta hora, o nosso reconhecimento público.
Creio, de facto, não haver melhor prenda para, numa data tão significativa, oferecer a Júlio Resende do que garantir a continuidade e a valorização daquilo a que ele tem dedicado, com amor, a sua vida.
A defesa e a valorização da nossa cultura passa também por projectos como este, de descentralização cultural, feitos com a participação dos artistas e recolhendo a extraordinária lição das suas vidas e das suas obras. A arte é memória conservada, transmitida, partilhada e retomada.
Agradeço muito o convite que me fizeram para estar aqui hoje convosco. Testemunho renovadamente a Júlio Resende amizade e admiração. Desejo os maiores êxitos à Fundação que, a partir de agora, constitui - importa sublinhar - um lugar de enriquecimento cultural e de homenagem a uma das grandes figuras das nossas artes. Mas homenagem com sentido de renovação e de futuro, como foi sempre timbre da sua atitude intelectual.
A alta condecoração com que, em nome de Portugal, tenho a honra de o agraciar expressa o nosso reconhecimento e o nosso apreço por uma vida, uma obra e uma acção tão exemplares e fecundas.
Parabéns, Mestre Júlio Resende, pelo aniversário e pela Fundação, e obrigado por tudo o que nos tem dado e continua a dar.


			A Júlio Resende (Na Sessão Inaugural da Fundação " O Lugar do Desenho") Gondomar 23 de Outubro de 1997 As minhas primeiras palavras são, naturalmente, para felicitar afectuosamente o Mestre Júlio Resende pelos seus 80 anos tão cheios de energia, de vivacidade de espírito, de criatividade. Faço-o como amigo e admirador, de há muitos anos. E faço-o como Presidente da República, expressando-lhe o reconhecimento do País pelo muito que tem prestigiado a nossa cultura. Trabalhador infatigável, homem de rara integridade cívica, professor a quem a Escola e sucessivas gerações tanto devem, grande pintor, Júlio Resende é um exemplo de fidelidade ás raízes, aos ideais, às convicções. A sua obra evidencia uma riquíssima e surpreendente variedade e uma ímpar capacidade de renovação. Nas suas várias épocas e fases, tem marcado o nosso tempo e é uma referência maior da nossa pintura. É muito feliz e digna de louvor, por isso, a ideia de constituir uma Fundação com o nome e sob a égide de Júlio Resende, destinada a conservar, estudar e divulgar a obra do Mestre e que, ao mesmo tempo, é um lugar aberto à promoção e à divulgação da arte e da cultura. Os responsáveis por esta iniciativa e aqueles que contribuíram para a sua concretização merecem, nesta hora, o nosso reconhecimento público. Creio, de facto, não haver melhor prenda para, numa data tão significativa, oferecer a Júlio Resende do que garantir a continuidade e a valorização daquilo a que ele tem dedicado, com amor, a sua vida. A defesa e a valorização da nossa cultura passa também por projectos como este, de descentralização cultural, feitos com a participação dos artistas e recolhendo a extraordinária lição das suas vidas e das suas obras. A arte é memória conservada, transmitida, partilhada e retomada. Agradeço muito o convite que me fizeram para estar aqui hoje convosco. Testemunho renovadamente a Júlio Resende amizade e admiração. Desejo os maiores êxitos à Fundação que, a partir de agora, constitui - importa sublinhar - um lugar de enriquecimento cultural e de homenagem a uma das grandes figuras das nossas artes. Mas homenagem com sentido de renovação e de futuro, como foi sempre timbre da sua atitude intelectual. A alta condecoração com que, em nome de Portugal, tenho a honra de o agraciar expressa o nosso reconhecimento e o nosso apreço por uma vida, uma obra e uma acção tão exemplares e fecundas. Parabéns, Mestre Júlio Resende, pelo aniversário e pela Fundação, e obrigado por tudo o que nos tem dado e continua a dar.