Feira do Empreendedor


20 de Novembro de 1998


Muitos diagnósticos sobre a economia e a sociedade portuguesas revelam que um dos principais estrangulamentos do nosso desenvolvimento tem que ver com a debilidade do tecido empresarial, e esta com a escassa difusão de um espírito empreendedor na população portuguesa.
   
A verdade é que sem a generalização de uma atitude favorável à criação e permanente renovação das unidades e redes empresariais dificilmente conseguirá o País vencer os desafios que, no quadro de uma economia internacionalizada e muito competitiva, se lhe colocam.
   
A acção que a Associação Nacional dos Jovens Empresários vem desenvolvendo, nomeadamente no âmbito da Academia dos Empreendedores, permite-me pensar que estamos, felizmente, caminhando no sentido de ultrapassar os obstáculos assinalados.
   
Além de, por este meio, contribuir muito positivamente para a modernização do aparelho produtivo nacional, a ANJE acaba também por participar numa outra batalha que a todos diz respeito: a batalha contra o desemprego ou mesmo - porque não forçar a utopia? - a batalha pelo pleno emprego.
   
Numa sociedade como a portuguesa em que, mau grado atrasos seculares, o nível médio de instrução da população, sobretudo da população jovem, aumenta significativamente, é de esperar que as empresas e microempresas nascidas sob a égide do novo espírito de empreendorismo optem pela criação de condições de trabalho dignas e dignificantes e por soluções organizativas capazes de estimular a participação, partilha de responsabilidades e tomada de iniciativas por parte de todos os seus membros.
   
Se assim for, é o próprio processo de democratização que acaba por ser aprofundado, num terreno que, quanto a este aspecto, nem sempre se mostrou suficientemente receptivo.
   
E aqui está para mim outro motivo de satisfação - outro motivo para continuar a acompanhar com atenção os projectos, iniciativas e acções concretas da Associação Nacional de Jovens Empresários.
   
Contem comigo, hoje e no futuro.