Dia da Cruz Vermelha Portuguesa


11 de Fevereiro de 1999


Três palavras muito breves.

A primeira, naturalmente, de agradecimento do convite para participar na celebração do aniversário da Cruz Vermelha Portuguesa. O Chefe de Estado, é certo, detém a presidência honorária da instituição.

Mas não soube - ou não quis - resistir aos termos amáveis e pessoalmente gratificantes do convite que a Senhora Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa me dirigiu.

Quero também saudar Évora, uma vez mais, uma cidade de acolhimento caloroso, cuja riqueza patrimonial se conjuga bem com a realização deste encontro.

A segunda palavra é de reconhecimento pelo trabalho realizado pela Cruz Vermelha Portuguesa, no passado, como na actualidade, pela sua capacidade de resposta em situações de vulnerabilidade (como ainda sucedeu há pouco mais de um ano por ocasião das cheias no Alentejo), pela mobilização de meios de socorro e de auxílio, mas também pela mobilização de valores na sociedade portuguesa. Refiro-me aos valores de generosidade, de abnegação, de voluntariado com profundo sentido cívico e social. Estes valores são fundamentais, tanto mais que a Cruz Vermelha os pratica num quadro de independência e da internacionalismo.

Esse quadro é também um quadro muito apelativo para os portugueses, sobretudo quando em países e territórios onde se fala português e há referências culturais portuguesas abundam situações em que a Cruz Vermelha chamada a intervir.

A CVP atravessa provavelmente um dos momentos de mudança mais significativas da sua história.

Em boa medida essa mudança resultará de ajustamento indispensáveis porque o conceito de voluntariado evoluiu e também o conjunto de exigências técnicas da intervenção nos domínios em que a Cruz Vermelha o faz.

A mudança também passa pela organização interna da Cruz Vermelha, organização que visa dotar a instituição de maior capacidade de resposta e de mobilização.

A terceira palavra é de expectativa e de confiança relativamente a este processo de reorganização da Cruz Vermelha.

Essa confiança é plenamente justificada pela experiência acumulada pela CVP e pelos seus quadros, e é também devida, permitam-me que o refira de forma directa, à experiência, à dedicação, ao empenhamento e à visão da sua Presidente, a Senhora Dr.ª Maria de Jesus Barroso, a quem quero vivamente saudar neste momento e desejar as maiores felicidades na sua acção reformadora, modernizadora, impulsionadora da Cruz Vermelha Portuguesa.