Briefing aos Jornalistas - Makro


23 de Fevereiro de 1999


O objectivo principal das visitas que vou realizar nestes três dias é o de dar maior visibilidade a alguns casos que ilustram os caminhos que o nosso tecido empresarial deve prosseguir para poder competir nas novas condições que resultam da inserção no espaço europeu.

Já temos em Portugal, felizmente, um conjunto significativo de empresas que trilham esses caminhos. Considerei, por isso, que testemunhar essas realizações poderá contribuir para alargar o seu número e reforçar as atitudes inovadores não só no tecido empresarial mas em toda a nossa sociedade.

Esta não é uma acção isolada da minha parte. Ao longo dos três anos que levo de mandato tenho visitado muitas empresas em todas as zonas do País chamando sempre a atenção para a necessidade de toda a nossa sociedade se abrir cada vez mais à Inovação e à Qualidade.

Nesta visita, três aspectos vão ser particularmente objecto de atenção.

Em primeiro lugar, em especial no dia de hoje, a importância da Certificação Ambiental e em Higiene e Segurança do Trabalho, vista não só do ponto de vista ético, mas também do ponto de vista de competitividade económica.

É preciso ter em atenção que embora uma empresa possa produzir produtos de superior qualidade poderá ver a as suas encomendas anuladas quando os compradores verificam a não certificação ISO (International Organization for Standardization) ou o desrespeito de outra normas de higiene e qualidade de produção.

Alertar cada vez mais a nossa Sociedade para este aspecto é, pois, da maior relevância.

Em segundo lugar, a Qualidade. É um aspecto a que tenho acompanhado com especial atenção, em particular o Programa Infante da responsabilidade da Associação Industrial Portuense que amanhã terei oportunidade de acompanhar de novo, visitando empresas que se têm distinguido do ponto de vista da Qualidade e encerrando o seminário "Fazer Bem para Viver bem".

Do ponto de vista do consumidor - porque a questão da Qualidade é também dos consumidores - terei um encontro com professores e alunos de uma escola de ensino básico sobre o tema "Consumir com Qualidade".

Em terceiro lugar, o Desenvolvimento Regional. Visitarei empresas da zona de Viseu e estarei presente na sessão de abertura do 1º Congresso Empresarial da Região de Viseu organizado pela respectiva Associação Industrial e que é subordinado ao tema "Consolidar e Desenvolver para Competir".

Trata-se de mostrar, através desta deslocação, que mesmo um zona situada fora do litoral do País e portanto sofrendo as dificuldades que costumam ser atribuídas ao interior, soube encontrar em si própria a energia necessária para ultrapassar essas dificuldades, constituindo hoje uma interessante experiência de dinamismo empresarial.

Como sabem, a minha preocupação com o desenvolvimento do interior tem sido uma constante do meu mandato. Tive a oportunidade de promover em Junho de 1997 um colóquio sobre Perspectivas de

Desenvolvimento do Interior e nesse colóquio reforcei a minha convicção de que as potencialidades do interior são maiores do que muitas vezes se considera e que não há razão alguma para o Interior cruzar os braços ou para se deliciar na autocomiseração.

Viseu soube ultrapassar os obstáculos que tinha pela frente e economicamente já é do litoral. Dar maior visibilidade a este exemplo é pois a terceira componente desta visita.