Inauguração das novas instalações da FIL

Lisboa
13 de Março de 1999


Gostaria em primeiro lugar de exprimir a minha satisfação pela inauguração destas novas instalações da Feira Internacional de Lisboa.

E faço-o a vários títulos.

Enquanto exerci o cargo de Presidente da Câmara de Lisboa acompanhei sempre de forma muito interessada esta iniciativa da Associação Industrial Portuguesa que, desde o início considerei que iria beneficiar significativamente o espaço da cidade.

Com efeito, o feliz enquadramento deste projecto nesse memorável acontecimento que foi a EXPO 98 permitiu contribuir para a valorização dessa realização e ao mesmo tempo dotar Lisboa, a partir de agora, com novas instalações para a realização de feiras.

As feiras internacionais são, como sabemos um elemento fundamental na internacionalização das economias. E se a nossa presença em feiras realizadas no exterior é hoje uma realidade cada vez mais sólida, a verdade é que a realização de certames no nosso País tem efeitos positivos adicionais que importa desenvolver e aproveitar.

Muito se tem feito, felizmente neste domínio.

Temos já hoje no nosso território um conjunto crescente de espaços de grande qualidade apropriados à realização de feiras e exposições, muitas vezes fruto das iniciativas de associações empresariais que souberam compreender de forma muito clara e oportuna os desafios da internacionalização e a forma de lhes fazer face.

A pronta colaboração do poder local na criação desses espaços é também um bom indício de abertura aos novos tempos, que exigem, cada vez mais, uma cooperação permanente entre autoridades dos diversos níveis e associações representativas das actividades empresariais.

Se, com efeito, compete às autoridades contribuírem decisivamente para a criação de um ambiente propício às actividades produtivas, não é menos certo que as empresas e as suas associações representativas não devem enjeitar a responsabilidade social que lhes é inerente.

Mas à nossa vocação atlântica, em boa hora redefinida não como um voltar de costas à Europa, mas, pelo contrário, como porta aberta para essa mesma Europa, faltava um espaço como este, adaptado aos novos tempos e situado no próprio estuário do rio que viu a Europa abrir-se ao mundo.

Portugal está hoje integrado na Europa e tem nela um papel importante a desempenhar que, para ter êxito, exige um grande esforço de todos, trabalhadores, empresários e autoridades.

A acção que a Associação Industrial Portuguesa tem desenvolvido desde os anos cinquenta com a Feira Internacional de Lisboa ganha, por isso, hoje, com a inauguração destas instalações, uma nova dimensão e um novo significado que o Presidente da República não pode ignorar.

Por isso me congratulo com esta realização e felicito a Associação Industrial Portuguesa, na pessoa do seu presidente Jorge Rocha de Matos, por em boa hora ter decidido avançar com este empreendimento que constitui a expressão eloquente de mais um serviço que a Associação presta às empresas, a Lisboa e ao País.