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Discurso de SEXA o PR na visita às instalações da fábrica da Nestlé por ocasião da comemoração do 80º aniversário
Avanca
Exma. Senhora Embaixadora da Confederação Suiça
Exma. Senhora Secretária de Estado da Indústria, Comércio e Serviços Exmo. Senhor Presidente da Câmara de Estarreja Exmo. Senhor Administrador-Delegado da Nestlé Portugal Exmos. Colaboradores da Empresa Minhas Senhoras e Meus Senhores É com grande satisfação que me associo a esta cerimónia comemorativa dos 80 anos da Nestlé em Portugal, visitando as instalações de Avanca, onde tudo começou mercê da visão e do dinamismo de um conjunto de homens de ciência e de indústria. Avanca confunde-se, aliás, com dois nomes - Egas Moniz e Nestlé, continuadora da Sociedade de Produtos Lácteos que o Professor ajudou a erguer. Este foi um exemplo pioneiro na industrialização portuguesa do século XX, aproveitando e desenvolvendo recursos naturais desta bela região, com fortes tradições na criação de gado leiteiro, ao serviço de necessidades de saúde pública e permitindo juntar o saber de homens de ciência e o dinamismo de empresários - algo, afinal, ainda hoje tão actual e necessário para o desenvolvimento do País. A importância desta fábrica de Avanca e dos produtos a ela associados, que ainda hoje povoam o imaginário infantil de tantos de nós, reforça-se ainda mais, se me é permitida uma nota pessoal, para quem, como eu, teve um Pai que foi um homem da Saúde Pública em Portugal. Mas é a olhar para o futuro que a Nestlé Portugal - e bem - está a comemorar os seus 80 anos. Ela é hoje muito mais do que esta fábrica, estando presente em múltiplas áreas da cadeia alimentar e sendo uma importante força económica do País, com as suas cinco fábricas e quase 1500 colaboradores. E, depois da visita que tive o prazer de efectuar, julgo perceber melhor as bases sólidas em que os seus responsáveis perspectivam o seu desenvolvimento. Porque é nesta fábrica - a primeira e mais antiga - que se produz com qualidade mundial e se aumenta a produtividade a uma taxa de 3,5%; é aqui que vejo preocupações de desenvolvimento sustentável, com reduções de consumos energéticos e de água; e é aqui que, a par com taxas baixas de acidentes de trabalho, ouço falar em mais de 50% do pessoal a participar em programas de melhoria contínua. Tudo isto é, como compreenderão, agradável de constatar para quem, como eu, vem insistindo na necessidade de construir o futuro de Portugal com investimento de qualidade e socialmente responsável, que possa ser positivamente discriminado por políticas públicas modernas e selectivas. Porque, como já muitas vezes afirmei, os problemas complexos que se põem à economia portuguesa não se compadecem nem com a ilusão do proteccionismo, nem com os rituais da auto-desculpabilização dos empresários. Nada substitui e nada dispensa a visão, capacidade de organização e liderança dos empresários que são capazes de enfrentar os desafios e de aproveitar as oportunidades que se lhes apresentam; que estão abertos à inovação e reestruturação que aumentem a produtividade e a competitividade; que se preocupam com as questões do desenvolvimento sustentável e que incorporam nos seus comportamentos a dimensão ética, dentro da empresa e na relação com a sociedade. É por isto que gostei, francamente, do que vi aqui. Quero por isso, a terminar, deixar uma nota de optimismo que me é propiciada por esta visita, aproveitando para felicitar todos os que trabalham na Nestlé e desejar-lhes um futuro de sucesso e satisfação, aqui em Avanca e nos outros centros de actividade da Empresa.
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