Discurso de SEXA PR por ocasião da Sessão de Abertura do XXIX Congresso Mundial da Federação Internacional de Voleibol

Porto
12 de Maio de 2004


Gostaria de agradecer, em primeiro lugar, o amável convite que a Federação Portuguesa de Voleibol me dirigiu para estar presente na sessão de abertura deste XXIX Congresso Mundial, que em boa hora se realiza no Porto, cidade tão hospitaleira e com tantas tradições desportivas.

Num tempo em que a comunicação dos media – a nível desportivo - é cada vez mais dominada pelo futebol, numa espécie de monopólio consentido, é com enorme prazer que estou hoje convosco.

Sendo a primeira vez que o nosso país tem a honra de acolher uma reunião de alto nível da Federação Internacional de Voleibol, é com particular satisfação que presido a esta sessão de abertura, onde a língua portuguesa foi acolhida como língua oficial.

A língua portuguesa une uma diversidade de povos que nela se exprimem, veiculando uma multiplicidade de identidades culturais riquíssimas. Língua falada por duzentos milhões de pessoas, o português liga países de vários continentes numa comunidade que queremos reforçar e na qual o desporto funciona também como elo muito forte.

A vossa decisão enriquece a Federação Internacional de Voleibol e reconhece com justiça a importância e o universalismo da língua portuguesa.

Igualmente significativo, e como compreenderão, com particular relevância para todos aqueles que se empenharam durante longos anos na luta pela auto-determinação de Timor-Leste, é a admissão deste novo país como o mais recente membro da Federação Internacional de Voleibol.

Não queria terminar esta curta intervenção sem deixar uma palavra de justo reconhecimento ao Prof. Vicente Araújo, pelo trabalho desenvolvido durante todos estes anos à frente da Federação Portuguesa, e pela sua dedicação em prol do desenvolvimento do Voleibol português.

Não se me leva certamente a mal que dirija uma palavra de estímulo, à selecção nacional portuguesa que discute, este mês, a qualificação para os Jogos Olímpicos em Atenas.
Espero que todos os delegados aqui presentes, compreendam o desejo que expresso das maiores felicidades à nossa equipa e ao seu seleccionador, na esperança de os poder ver, já no próximo mês de Agosto, em Atenas.

Neste mundo do nosso tempo, percorrido por tensões, conflitos e inquietações, em que as regras parecem, por vezes, ser ignoradas, é preciso que o desporto continue a transmitir-nos a sua mensagem de fair-play, tolerância e universalismo.

Estou certo de que a Federação Internacional de Voleibol persegue este desígnio e poderá dar um significativo contributo na sua concretização.

A todos os congressistas presentes, desejo as maiores felicidades e o maior êxito nos vossos trabalhos.