Sessão Solene Comemorativa do 40º Aniversário da Fundação Cupertino de Miranda

Porto
06 de Outubro de 2004


Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto
Senhora Presidente da Fundação Cupertino de Miranda
Minhas Senhoras e Meus Senhores

Neste dia de tão grande significado, quero começar por evocar a memória de António Cupertino de Miranda, enaltecendo a visão que o inspirou na criação da Fundação que tem o seu nome.

O desejo de contribuir para a formação cultural dos cidadãos norteou os nobres e altruístas ideais que se consubstanciaram neste projecto, que agora, orgulhosamente comemora quatro décadas.

Sabendo vencer as vicissitudes dos tempos, a Fundação Cupertino de Miranda conseguiu retomar os fins para que foi criada, na fidelidade ao exemplo e à vontade do seu instituidor.

Por isso mesmo, esta comemoração é feita na evocação da singular figura do Dr. António Cupertino de Miranda, empreendedor com rara visão estratégica, mas também homem de cultura, possuindo uma extraordinária riqueza humana que o tornou sensível às necessidades de desenvolvimento educativo e cultural das pessoas como insubstituível ponto de apoio para o desenvolvimento do País.

Valorizando esta concepção fundamental, educacional e cultural, a Fundação tem-lhe dado continuidade e concretização, mostrando uma notável capacidade de inovação e vontade inequívoca de alargar os horizontes da sua intervenção.

Na pessoa da Presidente do Conselho de Administração, Dra. Maria Amélia Cupertino de Miranda – uma daquelas pessoas que, aliando capacidade de concepção, energia e sentido concretizador, conseguem projectar irreversivelmente uma obra -, quero felicitar todos aqueles que têm contribuído para assegurar o cumprimento dos grandes objectivos desta instituição, mantendo vivas e activas as suas funções e valências como casa de cultura, fórum de debate e de esclarecimento cívico, local de aprendizagem e centro de desenvolvimento social e educacional. Ao fazerem-no, prestam um importante serviço à comunidade, que merece ser sublinhado. O Norte de Portugal e a cidade do Porto que também se associa à cerimónia, com a presença do seu presidente da Câmara, podem dar especial testemunho disto mesmo.

O programa destas comemorações conta com a inauguração de uma retrospectiva do Mestre Jaime Isidoro, que comemora os seus 50 anos de vida artística. Criador talentoso e multifacetado, galerista, grande interveniente nos movimentos culturais que marcaram as mais recentes décadas da arte portuguesa, Jaime Isidoro bem merece esta homenagem. A exposição vem pôr em evidência um itinerário muito rico, que é bom ser cada vez mais conhecido e reconhecido. A minha homenagem e os meus parabéns a Jaime Isidoro, com sinceros votos das maiores felicidades.

Minhas Senhoras e meus Senhores

Coincide com esta comemoração a recente abertura de uma nova área do Museu do Papel Moeda, que tem como lema “O Dinheiro e os Transportes” e se perfila já como importante espaço de difusão cultural. Esta ampliação é mais um sinal de que o Museu não pára e que quer desenvolver todas as suas potencialidades educativas e culturais. Projecto cultural que já foi objecto de distinção internacional, este Museu é um exemplo de dinamismo, abertura à sociedade e visão de futuro.

Por tudo isto, quero renovar as minhas felicitações a todos os que dirigem e trabalham na Fundação, saudando uma vez mais, de forma especial, o dinamismo e criatividade da sua Presidente. Desejo os maiores sucessos na vossa actividade, tão útil e interessante para o País que queremos ser no século XXI: um País mais desenvolvido, mais culto e mais aberto à participação dos cidadãos na vida colectiva.