Foi com muito prazer que acolhi a sugestão de visitar esta cidade do sul do Luxemburgo, onde residem inúmeros dos meus compatriotas.

Sei que desde há muito acalentavam a esperança de acolher o Presidente da República portuguesa nesta sua terra de adopção, porque a estimam e lhes é querida. Por isso quis reparar a injustiça e ir ao encontro da sua aspiração. Permita-me pois, Senhora Presidente, que saúde com particular emoção e carinho os portugueses aqui presentes.

Mas, com esta visita a Esch pretendo também homenagear todos os seus habitantes, homenagear as suas instituições, as mulheres e os homens que diariamente fazem deste cantão e desta cidade um sítio onde é bom viver, onde a Europa dos cidadãos ganha expressão concreta, viva e dinâmica.

Muito obrigada, Senhora Presidente, a si e à sua equipa, pelo que tem feito pela integração dos meus compatriotas na comunidade, por saber ouvir as suas preocupações e estar atenta aos seus anseios e ambições.

Por experiência pessoal, sei como as funções que desempenha são complexas e exigentes. Sei como é fundamental a capacidade de desenvolver a proximidade, a abertura e a participação democrática e a integração das comunidades.

Nos nossos dias, a solução de muitos dos problemas que afectam o quotidiano dos cidadãos depende do empenhamento e do dinamismo dos eleitos locais. Os órgãos eleitos locais não podem ficar à margem ou indiferentes aos grande desafios civilizacionais com que estamos confrontados. O desenvolvimento não se resume à componente do crescimento, tem que ser visto numa perspectiva pluridimensional, de desenvolvimento sustentável.

Humanizar a cidade, humanizar o território constituem pois os caminhos para a reconquista de um novo equilíbrio entre o Homem e a Natureza, entre a sociedade, a técnica e a ciência, entre o indivíduo, as minorias e a comunidade, entre o poder e cidadania.

Senhora Presidente, reitero-lhe os meus agradecimentos e desejo-lhe a si, aos seus colegas e a todos os habitantes de Ecsh-sur-Alzette, todos os sucessos.