Abertura da exposição 1990/2004 – Arquitectura e Design de Portugal

Milão
11 de Novembro de 2004


As minhas primeiras palavras são, naturalmente, de saudação e de reconhecimento. Saúdo todos os convidados presentes e agradeço calorosamente a magnífica hospitalidade que nos é dada, recebendo-nos neste espaço privilegiado da Trienal de Milão, instituição cultural de referência internacional. Estamos muito reconhecidos por este acolhimento tão gentil, empenhado e eficiente e quero expressar a minha mais viva gratidão ao senhor Presidente Davide Rampello pelas suas palavras e pelos seus gestos amigos. O interesse e a curiosidade manifestados pela direcção da Trienal pela arquitectura e pelo design português contemporâneo, vindos de quem vêm, honram-nos muito.

Sabemos que estamos numa Casa que faz da grande qualidade, da exigência e da inovação os seus critérios permanentes de acção. Este diálogo entre as formas contemporâneas das nossas culturas e entre instituições culturais de prestígio, que tem nesta exposição, estou certo, um grande momento, irá prosseguir. É essa a nossa vontade. Por este diálogo passa também uma dimensão importantíssima de afirmação e construção da Europa alargada do século XXI.

A exposição, que a partir de hoje aqui se apresenta, tem como referência temporal 1990-2004, anos de ouro da arquitectura e do design portugueses mais recentes.

Foi este um tempo de grandes mudanças culturais, estéticas, arquitectónicas e urbanísticas em Portugal. Foi este um tempo em que se realizaram grandes acontecimentos internacionais e iniciativas culturais: Lisboa 94, Capital Europeia da Cultura, a Expo 98, o Porto 2001. Foi um tempo de exigência e desafio para os nossos criadores, em geral, e para os nossos arquitectos e designers, em particular, Creio que a resposta que deram foi de grande qualidade. É essa resposta que vai ser aqui mostrada, em antologia. Espero que vá ao encontro das vossas expectativas. Portugal tem a sorte de dispor, na actualidade, de um conjunto de arquitectos e designers que alcançaram um prestígio internacional que nos honra e responsabiliza. Sabemos como a arquitectura portuguesa e os seus autores têm sido recebidos e apreciados em Itália, país de renome universal nestes domínios. Queremos continuar a trabalhar convosco e a dar-vos a conhecer o que fazemos.

Renovo as minhas saudações e agradecimentos. Estamos muito reconhecidos a todos os que tornaram possível esta exposição, ao seu comissariado, aos autores representados, à Cônsul-Geral de Portugal em Milão, e a todos os que, na Trienal, nos receberam e deram o seu indispensável e precioso apoio. Estou muito feliz por se ter criado esta grande oportunidade de intercâmbio e divulgação cultural, que enriquece muito a minha visita de Estado a um país que amo e cuja cultura e criatividade aprecio intensamente e desde que me conheço.

Muito obrigado a todos.