Jantar de Gala da Associação Novo Futuro

Lisboa
02 de Dezembro de 2004


Estamos reunidos numa expressão solidária de apreço pela Associação NOVO FUTURO, e também num momento em que a temática das crianças e jovens em risco se apresenta com extrema acuidade. Não nos compete a nós julgar eventuais procedimentos incorrectos do passado. E também não é essa a atitude mais recomendável para a sociedade portuguesa no seu todo e, especialmente, para quem não se furta a assumir as suas responsabilidades.

Aquilo que nos irmana neste convívio é exactamente o sentido das nossas responsabilidades, já comprovado sobejamente por todos vós, e o forte empenho na procura de soluções para os problemas em aberto.

Uma leitura pessimista dos problemas das crianças e jovens em risco leva-nos à conclusão de que não temos sabido lidar convenientemente com tão graves situações. Porém, uma leitura mais responsável sabe descobrir, no passado, um longo historial edificante, a par de actuações condenáveis, e sabe igualmente assumir que o nosso principal desafio, hoje em dia, consiste na construção de um futuro gratificante a partir da experiência, da investigação e da dedicação regular.

O próprio nome da Associação NOVO FUTURO aponta neste sentido, e a sua prática diária concretiza-o de maneira eloquente. Na verdade, a identidade de cada criança e jovem só se realiza através de perspectivas de um futuro que seja verdadeiramente novo, enquanto portador de novidade estimulante e enquanto promotor de criatividade pessoal.

Há pois todos os motivos para nos congratularmos com a Associação NOVO FUTURO e esperarmos que, em parceria com outras entidades, possa intensificar a criação de condições de liberdade e desenvolvimento para todas as crianças e jovens. Espero também, confiadamente, que a Feira “El Rastrillo” corresponda aos seus objectivos de solidariedade, compromisso e reforço da consciência social.