Entrega do Prémio SECIL de Arquitectura 2004 e Prémios SECIL Universidades 2004

Palácio de Xabregas, Lisboa
27 de Janeiro de 2005


Começo as minhas palavras dirigindo-me aos jovens universitários e finalistas que participaram neste concurso, em especial os que foram distinguidos. O envolvimento dos estudantes nesta iniciativa atesta não só o interesse e o prestígio que os Prémios Secil alcançaram, mas permite revelar também, no limiar da entrada no mundo profissional, as suas capacidades de criação resultantes das respectivas preparações académicas.

A ponte que, desta forma, é feita entre uma empresa e as universidades é mais um ponto positivo e um exemplo de articulação entre estes dois mundos, o académico e o empresarial. Tal articulação é cada vez mais necessária e útil ao desenvolvimento do país e à modernização das empresas, quer ainda ao aumento da qualidade do ensino e à sua melhor adequação às necessidades do mercado de trabalho e às saídas profissionais.

O envolvimento e a articulação entre as Ordens profissionais e o mundo empresarial revela bem o alcance desta competição nacional, que atrai e envolve tanto os jovens universitários como os arquitectos consagrados.

É este o caso do Arquitecto Eduardo Souto de Moura, que é distinguido, pela segunda vez, com o Prémio Secil de Arquitectura 2004. Profissional de grande exigência e qualidade, é autor de uma vasta obra e goza de um reconhecimento internacional que o torna uma figura cimeira no panorama contemporâneo da nossa arquitectura.

Não raras vezes, fora do país, ouço elogios aos nossos mais proeminentes arquitectos e entre eles está Eduardo Souto de Moura.

Esta boa reputação da arquitectura portuguesa tem de ser valorizada e potenciada. Assim, por exemplo, o facto de a obra de Souto de Moura que foi distinguida ter sido projectada no contexto do EURO 2004, assinala a importância e a repercussão que a realização deste acontecimento desportivo teve noutros planos.

A dimensão cultural de um grande acontecimento desportivo é bem ilustrativa de que a economia, o turismo, o desporto e a cultura não são, nem devem ser, compartimentos estanques, mas antes comunicantes e complementares para o desenvolvimento do país.

Quero, hoje, renovar o meu reconhecimento e apreço pela obra do Mestre Souto de Moura, com as mais calorosas felicitações por mais este prémio justamente alcançado.

Saúdo também todas as entidades envolvidas, a Ordem dos Arquitectos, a Ordem dos Engenheiros e naturalmente a SECIL, na pessoa do seu presidente do conselho de Administração. Esta empresa tem, através dos seus prémios Secil Arquitectura e Secil Engenharia, contribuído para criar um importante estimulo aos criadores, assegurando uma continuada acção mecenática, a todos os títulos louvável.

Saúdo ainda os membros do Júri, que têm acompanhado e colaborado na afirmação deste importante galardão, que, passados doze anos desde a sua criação, alcançou já um prestígio importante.

A todos os presentes cumprimento calorosamente, felicitando-os pelo seu interesse por esta iniciativa tão meritória e que é um daqueles sinais que nos permite ter confiança no futuro.

A todos bem hajam.