Como já ontem afirmei, gostaria que se visse nesta visita a alguns Concelhos do Distrito de Portalegre, uma manifestação da preocupação que tenho com os sectores da população portuguesa mais penalizados pelas fortes assimetrias de desenvolvimento existentes no País.

Os diagnósticos feitos sobre esta matéria indicam que a região do Alto Alentejo, no seu conjunto, apresenta sintomas de declínio demográfico e de grande fragilidade económica.

O Concelho de Nisa não conseguiu, infelizmente, escapar a estas tendências, sendo preocupante que, nos dez anos que separam os dois últimos Censos, a sua população residente tenha diminuído 13% e que o último Índice de Poder de Compra per capita publicado pelo INE aponte para um valor concelhio de apenas 62% da média
nacional.

Sabe-se até que ponto o drama dos incêndios florestais veio, em tempos recentes, agravar a situação económica e social do Concelho. Compreende-se que os cidadãos mais idosos, que aqui são em grande número, tenham sido as grandes vítimas desse desastre. Com a destruição das florestas, perderam-se recursos fundamentais para a sua subsistência, do mesmo modo que desapareceram muitas das suas referências e memórias mais queridas.

Felizmente, a população de Nisa não se rendeu à dureza do destino. E aí estão os mais jovens, com o enquadramento das escolas e o estímulo dos professores, a assumirem o respeito pela floresta e pelos equilíbrios ambientais.

O futuro do Concelho poderá, aliás, ser bem mais promissor, se for dada continuidade a estratégias de desenvolvimento baseadas no aproveitamento eficiente e imaginativo de recursos naturais da região. É neste sentido que aponta o projecto do Complexo Termal de Nisa, que hoje fiquei a conhecer. Espero que seja possível congregar os esforços necessários a concretizá-lo a curto prazo.

Espero ainda que, juntamente com o projecto de renovação urbana que também me foi apresentado, ele venha a constituir factor de atractividade turística e de desenvolvimento da região.


			Deslocação aos Distritos de Portalegre Nisa 18 de Março de 2005 Como já ontem afirmei, gostaria que se visse nesta visita a alguns Concelhos do Distrito de Portalegre, uma manifestação da preocupação que tenho com os sectores da população portuguesa mais penalizados pelas fortes assimetrias de desenvolvimento existentes no País. Os diagnósticos feitos sobre esta matéria indicam que a região do Alto Alentejo, no seu conjunto, apresenta sintomas de declínio demográfico e de grande fragilidade económica. O Concelho de Nisa não conseguiu, infelizmente, escapar a estas tendências, sendo preocupante que, nos dez anos que separam os dois últimos Censos, a sua população residente tenha diminuído 13% e que o último Índice de Poder de Compra per capita publicado pelo INE aponte para um valor concelhio de apenas 62% da média nacional. Sabe-se até que ponto o drama dos incêndios florestais veio, em tempos recentes, agravar a situação económica e social do Concelho. Compreende-se que os cidadãos mais idosos, que aqui são em grande número, tenham sido as grandes vítimas desse desastre. Com a destruição das florestas, perderam-se recursos fundamentais para a sua subsistência, do mesmo modo que desapareceram muitas das suas referências e memórias mais queridas. Felizmente, a população de Nisa não se rendeu à dureza do destino. E aí estão os mais jovens, com o enquadramento das escolas e o estímulo dos professores, a assumirem o respeito pela floresta e pelos equilíbrios ambientais. O futuro do Concelho poderá, aliás, ser bem mais promissor, se for dada continuidade a estratégias de desenvolvimento baseadas no aproveitamento eficiente e imaginativo de recursos naturais da região. É neste sentido que aponta o projecto do Complexo Termal de Nisa, que hoje fiquei a conhecer. Espero que seja possível congregar os esforços necessários a concretizá-lo a curto prazo. Espero ainda que, juntamente com o projecto de renovação urbana que também me foi apresentado, ele venha a constituir factor de atractividade turística e de desenvolvimento da região.