Discurso de SEXA PR por ocasião da visita à Academia Portuguesa de História

Lisboa
28 de Abril de 2005


Senhora Ministra da Cultura
Senhora Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa
Senhor Presidente da Academia Portuguesa da História
Senhora Secretária-Geral da Academia Portuguesa da História
Senhores Académicos
Minhas Senhoras e Meus Senhores

A Academia Portuguesa da História, legítima herdeira da mais antiga Academia Nacional – a Academia Real da História Portuguesa, fundada por D. João V, iniciou as suas actividades em 1938. Desde então esta Academia desenvolve uma actividade cultural e científica de grande relevo, como se pode verificar pelas respectivas publicações, e pelo prestígio nacional e internacional da instituição e dos Ilustres Académicos que a compõem.

A este respeito, permitam-me sublinhar dois aspectos. O primeiro, a ligação da Academia Portuguesa da História ao Brasil e aos restantes países de Língua Oficial Portuguesa e o seu carácter verdadeiramente internacional, quer através dos Académicos de Número, quer dos seus Académicos Correspondentes. O segundo aspecto, tem a ver com a diversidade do conjunto dos Académicos desta Casa, onde encontramos consagrados intelectuais e reputados investigadores de obra já consagrada, a par de jovens especialistas em várias áreas do saber, que, estou certo, asseguraram a esta Academia um futuro que perpetua a excelência do seu contributo para o progresso da Cultura e da Civilização.

Acresce que a sua instalação em novo local físico – este Palácio dos Lilases, dota a Academia de uma sede digna e de meios logísticos para a continuação do seu trabalho, o que me apraz igualmente realçar nesta ocasião.

Senhor Presidente
Senhores Académicos

A Academia Portuguesa da História é formada por uma aliança entre o saber e a experiência. Tem sido assim desde a sua criação. Foi por isso que, em 1940, em reconhecimento da sua actividade, lhe foi outorgada a Grã Cruz da Ordem de Sant´iago da Espada. A comunicação da distinção atribuída foi feita em sessão do Conselho Académico, em 1941, mas ignora-se o motivo por que as respectivas insígnias nunca foram entregues.

É pois com muito gosto e reconhecendo a justeza e o mérito daquela atribuição que, 65 anos passados, tenho o gosto e a honra de, enquanto mais Alto Magistrado da Nação, reafirmar o reconhecimento do Estado pelo labor científico e cultural desta Academia, fazendo a entrega destas insígnias que são vossas por direito.

Permitam-me uma nota pessoal de satisfação, por este acto solene se fazer na pessoa do Presidente da Academia Portuguesa da História, Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, homem de letras e académico ilustre, historiador insigne a quem o país tanto deve pela sua obra e pelo seu testemunho, que igualmente homenageio desta forma singela nesta ocasião.