NOTA: "Os textos das intervenções em Timor-Leste foram estabelecidos a partir das transcrições dos registos dos improvisos do Presidente da República"

Contingente Nacional em Timor-Leste

Timor-Leste
13 de Fevereiro de 2000


Excelências;
Senhores Oficiais, Sargentos e Praças do Contingente Português das Forças das Nações Unidas em Timor;

Esta missão tem um significado muito especial para Portugal e para as suas Forças Armadas, que regressam a Timor, no quadro das Nações Unidas, para garantir a segurança do território e para assegurar o caminho pacífico para a independência de Timor-Leste.

Esta missão tem, igualmente, uma importância especial para os Timorenses e para as Nações Unidas . A segurança do território é a primeira condição para tornar possível o esforço de reconciliação e de reconstrução nacional, na transição para a independência.

Os Portugueses têm os olhos postos na vossa missão. Estou certo de que a saberão desempenhar com exemplar profissionalismo e espírito de servir, repetidamente demonstrado pela participação das Forças Armadas Portuguesas em Angola, em Moçambique, na Bósnia-Hercegovina e no Kosovo onde prestigiaram o nome de Portugal.

Também os Timorenses têm os olhos postos na vossa missão.

Todos estamos conscientes das elevadas expectativas dos Timorenses e da relação especial de afecto que une os Portugueses e os Timorenses, construída nos anos difíceis da luta contra a opressão e a ocupação.

Essa expectativa deve ter como contrapartida um comportamento profissional e pessoal exemplares no desempenho desta missão. Mais do que ninguém, os soldados portugueses tem obrigação de respeitar os Timorenses e de os defender, no exercício das suas competências e no quadro da missão que vos foi dada pelas Nações Unidas.

Sei que é uma honra para todos servirem nesta missão. Das vossas capacidades e do modo como a souberem cumprir, depende, em boa medida, o futuro das relações entre Portugal e Timor-Leste.

Estou certo que todos saberão ser dignos dessa responsabilidade.

Quero também saudar os membros portugueses da CIVPOL, conhecedor do vosso profissionalismo, da capacidade demonstrada em outros teatros e em outros países. Estou seguro que esta função tão delicada, tão paciente e, neste momento, tão essencial para Timor, será, por via da vossa actuação, cumprida com o saber, a dedicação e o afecto que se pede a uma Polícia no contexto da transição em Timor-Leste.

A todos , o meu abraço de amizade, o meu abraço de orgulho e os meus votos de grandes felicidades.

Obrigado.