Discurso de SEXA PR por ocasião da Inauguração do teatro de Almada

Almada
17 de Julho de 2005


É com muito gosto que estou presente na inauguração do Teatro Municipal de Almada. Trata-se de um equipamento da maior importância, com muitas valências culturais e com um grande relevo arquitectónico. Felicito os arquitectos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira por este projecto e também todos os que trabalharam na sua realização. Quero ainda dirigir uma palavra de saudação aos artistas plásticos cujas obras contribuem para enriquecer estes espaços: Pedro Calapez e José Aurélio.

A inauguração de um equipamento cultural é sempre um ponto de chegada e um ponto de partida. Um ponto de chegada, porque nunca é fácil arranjar os meios que permitam concretizar a obra ambicionada. Neste caso, esses meios foram fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Almada, que entrou com a parte mais significativa, e os Ministérios das Obras Públicas e da Cultura. É ainda um ponto de chegada porque a realização de um projecto destes exige esforço e determinação.

Mas a inauguração de um teatro é sobretudo um ponto de partida. Estão criadas agora em as condições para fazer deste espaço um grande pólo cultural, que atraia as pessoas e contribua para a formação de novos públicos. A Companhia do Teatro de Almada é a companhia residente deste espaço. Pela sua história e pelas provas dadas, temos, desde logo, uma garantia de qualidade e prestígio. Quero saudar Joaquim Benite e todos os que com ele trabalham pelas novas e belas oportunidades que este teatro representa para a vossa actividade. Estou certo de que as saberão aproveitar plenamente.

O Teatro Municipal de Almada tem ainda condições para acolher outras artes do palco – ópera, concertos, bailados, etc.. É bom que se aproveitem essas potencialidades.

Um projecto destes, para que o investimento que nele se fez tenha o maior rendimento possível, exige um modelo de gestão que garanta a sua sustentabilidade artística, cultural e financeira. É esse, a partir de hoje, um grande desafio. Como o é a sua articulação com outros equipamentos culturais, constituindo redes de intercâmbio, descentralização e difusão.

Renovo as minhas felicitações à Câmara Municipal de Almada e às outras entidades envolvidas no projecto. Faço apelo às populações que aqui vivem ou que aqui se desloquem para frequentarem o Teatro. Foi para essas populações que ele foi construído. A todos, desejo bom trabalho!