Palácio Nacional de Queluz
08 de Outubro de 1997
Alteza,
É com especial prazer que lhe desejo as boas vindas a Portugal.
Sentimo-nos honrados com o interesse de Vossa Alteza por Portugal, pelas suas gentes e cultura, pelas profundas transformações ocorridas no nosso país a partir do momento em que nos reencontrámos com a democracia e a liberdade e assumimos, por inteiro, o papel que nos cabe na Europa.
Fazemos votos para que esta primeira estadia de Vossa Alteza entre nós corresponda aos seus desejos de conhecer mais directamente a realidade portuguesa, as formas pelas quais procuramos responder aos desafios que se nos colocam neste final de século, os progressos económicos, a vivacidade criativa dos nossos jovens, as nossas maneiras de ser e de pensar.
A Bélgica e Portugal cimentaram, ao longo de séculos, uma amizade sólida, baseada em intercâmbios da mais variada natureza e na compreensão mútua que naturalmente se estabeleceu entre os nossos povos.
Esta amizade e cooperação estreita encontram, no projecto europeu que partilhamos, novas formas de aprofundamento e novas convergências de interesses, perspectivas e objectivos.
Estamos, belgas e portugueses, animados por um mesmo ideal: construir uma Europa mais solidária, mais próspera e mais coesa; aprofundar a dimensão da cidadania, reforçar a participação dos homens e mulheres do nosso continente na construção europeia, combater a exclusão e a marginalização que ameaçam extractos significativos das nossas sociedades, garantir o desenvolvimento económico e social, manter a Europa aberta ao Mundo e às expectativas legítimas de quantos anseiam pelo progresso, pela segurança e pela paz.
A Europa vive um momento particularmente importante no qual se joga, de algum modo, o seu próprio futuro. A par da tarefa do alargamento, imperativo iniludível, a União Europeia tem de prosseguir o aprofundamento do seu processo de integração, mobilizando esforços e capacidades, reforçando os mecanismos indispensáveis para fazer face aos desafios económicos, fazendo progredir a coesão económica e social e a solidariedade entre os seus membros.
A Europa do futuro será certamente diferente, mas não se poderá construir contra parte dela própria.
Alteza,
Falava há pouco na amizade secular entre a Bélgica e Portugal. As relações políticas estabelecidas com a Borgonha constituíram um elemento particularmente importante na afirmação da nossa identidade nacional. Na Flandres encontrámos um parceiro comercial indispensável no período dos descobrimentos e beneficiámos, em termos culturais e artísticos, das relações estabelecidas então entre os nossos filósofos, pintores e escritores, num intercâmbio mutuamente enriquecedor.
Soldados belgas batalharam, em Portugal, pela causa da liberdade no segundo quartel do século XIX, tal como portugueses tombaram no Lys para defender a integridade da Bélgica. Uma comunidade portuguesa significativa estabeleceu-se na Bélgica a partir da segunda metade deste século e Vossa Alteza encontra nesta sala alguns representantes de uma comunidade belga particularmente empreendedora radicada de há muito em Portugal.
É com especial prazer que lhe desejo as boas vindas a Portugal.
Sentimo-nos honrados com o interesse de Vossa Alteza por Portugal, pelas suas gentes e cultura, pelas profundas transformações ocorridas no nosso país a partir do momento em que nos reencontrámos com a democracia e a liberdade e assumimos, por inteiro, o papel que nos cabe na Europa.
Fazemos votos para que esta primeira estadia de Vossa Alteza entre nós corresponda aos seus desejos de conhecer mais directamente a realidade portuguesa, as formas pelas quais procuramos responder aos desafios que se nos colocam neste final de século, os progressos económicos, a vivacidade criativa dos nossos jovens, as nossas maneiras de ser e de pensar.
A Bélgica e Portugal cimentaram, ao longo de séculos, uma amizade sólida, baseada em intercâmbios da mais variada natureza e na compreensão mútua que naturalmente se estabeleceu entre os nossos povos.
Esta amizade e cooperação estreita encontram, no projecto europeu que partilhamos, novas formas de aprofundamento e novas convergências de interesses, perspectivas e objectivos.
Estamos, belgas e portugueses, animados por um mesmo ideal: construir uma Europa mais solidária, mais próspera e mais coesa; aprofundar a dimensão da cidadania, reforçar a participação dos homens e mulheres do nosso continente na construção europeia, combater a exclusão e a marginalização que ameaçam extractos significativos das nossas sociedades, garantir o desenvolvimento económico e social, manter a Europa aberta ao Mundo e às expectativas legítimas de quantos anseiam pelo progresso, pela segurança e pela paz.
A Europa vive um momento particularmente importante no qual se joga, de algum modo, o seu próprio futuro. A par da tarefa do alargamento, imperativo iniludível, a União Europeia tem de prosseguir o aprofundamento do seu processo de integração, mobilizando esforços e capacidades, reforçando os mecanismos indispensáveis para fazer face aos desafios económicos, fazendo progredir a coesão económica e social e a solidariedade entre os seus membros.
A Europa do futuro será certamente diferente, mas não se poderá construir contra parte dela própria.
Alteza,
Falava há pouco na amizade secular entre a Bélgica e Portugal. As relações políticas estabelecidas com a Borgonha constituíram um elemento particularmente importante na afirmação da nossa identidade nacional. Na Flandres encontrámos um parceiro comercial indispensável no período dos descobrimentos e beneficiámos, em termos culturais e artísticos, das relações estabelecidas então entre os nossos filósofos, pintores e escritores, num intercâmbio mutuamente enriquecedor.
Soldados belgas batalharam, em Portugal, pela causa da liberdade no segundo quartel do século XIX, tal como portugueses tombaram no Lys para defender a integridade da Bélgica. Uma comunidade portuguesa significativa estabeleceu-se na Bélgica a partir da segunda metade deste século e Vossa Alteza encontra nesta sala alguns representantes de uma comunidade belga particularmente empreendedora radicada de há muito em Portugal.