Comemorações dos 75 Anos da Sociedade Portuguesa de Autores

Lisboa
22 de Novembro de 2000


Nesta festa em que assinalamos os 75 anos da Sociedade Portuguesa de Autores, quero, antes de mais, saudar os autores portugueses, de todas as disciplinas literárias, artísticas, científicas e jornalísticas, que com o seu trabalho criativo e de investigação acrescentam, actualizam e projectam a nossa cultura.

De todos eles, esta instituição tem sido o representante competente, dedicado e, se me é permitida a palavra, amigo, lutando pela defesa dos seus direitos patrimoniais, morais e pessoais e pela dignificação da actividade intelectual e da condição do autor.

Presto homenagem à SPA, pela sua história e pela sua obra, testemunhando o profundo reconhecimento do País àquele que, nas últimas décadas, tem sido o seu rosto e Presidente, o meu velho e querido amigo Luís Francisco Rebelo, autoridade prestigiada internacionalmente pelo seu trabalho e pelo seu saber neste domínio.

Quero saudar também o ilustre Presidente da Confederação Internacional das Sociedades de Autores, Jean Loup Tournier e dizer-lhe que é benvindo. A sua presença é sinal que muitas das questões que se referem à propriedade intelectual têm de ser cada vez mais encaradas num plano internacional.

A defesa da propriedade intelectual e dos direitos dos autores é uma responsabilidade dos Estados e das sociedades e deve ser entendida como feita a favor das comunidades e da cultura que lhes dá identidade, memória e sentido de futuro. No nosso tempo, essa defesa constitui um novo desafio face às transformações radicais que a sociedade de informação traz e que exigem novas concepções.

Desejo à Sociedade Portuguesa de Autores os maiores êxitos numa acção que tem a maior importância cultural e cívica. Pela sua obra, pelo prestígio alcançado, pela autoridade moral que detem, a SPA e aqueles que ela representa podem - estou certo - olhar o futuro com confiança.