O facto desta iniciativa ter como tema: “Conhecer e valorizar o património” constitui uma opção acertada. Com a reunião de especialistas e entidades foi possível tratar de temas, que tendo uma incidência local, ultrapassaram esse âmbito e permitem uma reflexão mais ampla sobre as nossas responsabilidades na criação de uma nova e mais exigente consciência patrimonial.

O Mosteiro de S. Miguel de Refojos é bem um exemplo dos desafios que a defesa e preservação do património nos lançam. Graças à exemplar cooperação estabelecida entre a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e as mais diversas entidades, como a Comissão de Coordenação da Região Norte, a Direcção Regional dos Edifícios e Monumentos Nacionais e a Diocese de Braga, foi já possível realizar uma primeira intervenção para a salvaguarda do mosteiro, ao mesmo tempo que se estudaram medidas que travem a sua degradação e o restituam ao uso e à fruição de todos.

A defesa do património representa no nosso tempo não só um imperativo de preservação da identidade e da memória como um valioso instrumento de desenvolvimento cultural, social e mesmo económico.

Cabeceiras de Basto e a região do Minho ficarão mais ricas com esta acção de valorização do Património. É do somatório de acções como esta que se promove o desenvolvimento regional, o qual tem de integrar múltiplas dimensões e aproveitar todas as potencialidades existentes.

Este esforço tem de ser realizado com os mais variados contributos: comunidade científica, associações cívicas e culturais, agentes económicos, população em geral, poder central e poder local. Este é o caminho para o desenvolvimento, que olhando e apostando no futuro deverá conhecer, preservar e valorizar os testemunhos e legados do passado.