É com grande prazer que estou presente nesta inauguração do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. Esta cidade, herdeira de uma tradição de prestígio, dotada de uma grande beleza natural e que conhece um grande desenvolvimento turístico, conta, a partir de agora, com este novo equipamento que representa um ampliar das possibilidades de acção cultural que até hoje existiam.

A construção deste complexo cultural abre, à cidade e a toda a região envolvente, novas possibilidades, permitindo a organização de acontecimentos culturais de impacto e dimensão, que até agora eram de difícil realização, por falta de infraestruturas adequadas.

Um investimento desta envergadura vem decisivamente contribuir para a descentralização cultural, constituindo também um motor de desenvolvimento económico, pois, como hoje sabemos, a arte e a cultura, para além do seu insubstituível valor próprio, tem um significado económico crescente.

Na visita que acabo de realizar às instalações do Centro de Artes e Espectáculos pude verificar as suas possibilidades e o seu convite à criatividade. Esta Casa acolhe, desde o primeiro dia, várias exposições sobre a Figueira da Foz, os seus artistas plásticos, o teatro amador, músicos e grupos corais. Muitas outras manifestações se seguirão e que, estou certo, tornarão este centro num lugar vivo de criação e de divulgação, e num verdadeiro fórum aberto a todos os públicos, de todas as idades e interesses culturais, aos visitantes de fora, aos turistas. A sua excelente localização, no parque das Abadias e com o Museu Municipal Dr. Santos Rocha ao lado, permitirá ainda que surjam muitas ocasiões de complementaridade e cooperação entre várias instituições e equipamentos culturais do concelho. Mas, mais do que uma infra-estrutura material, um centro cultural é o que nele se cria e é a comunicação entre os criadores e o público.

Felicito a Câmara Municipal da Figueira da Foz e o seu presidente, o Eng.º António Duarte Silva, meu velho amigo. Saúdo também o anterior Presidente da Câmara, Dr. Pedro Santana Lopes que lançou este projecto.

Cumprimento também o autor do projecto, o Arq. Luís Marçal Grilo, pela concepção deste belo edifício e toda a equipa envolvida na sua concepção e construção.

Desejo que este Centro assuma um papel revigorante na vida cultural do concelho e da região, assumindo-se como um centro de cultura viva, um centro de diálogo entre as práticas artísticas e o público, um centro de criatividade e inovação.

Este é um desafio essencial para que este investimento seja eficaz. Estou certo que assim será, esta exigência não será descurada pela população, que deseja um Centro Cultural actuante. Parabéns a todos pela obra. A Figueira da Foz há muito que merecia um empreendimento cultural desta envergadura.