Discurso de SEXA PR por ocasião da Sessão Solene Comemorativa do Lançamento da Primeira Pedra do Centro de Estudos Ibéricos

Guarda
03 de Novembro de 2002


-Senhor Ministro da Cultura
-Magnífico Reitor da Universidade de Salamanca
-Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra
-Senhor Governador Civil, Senhores Deputados
-Senhora Presidente da Câmara Municipal da Guarda
-Exmos. Membros da Comissão Executiva do Centro de Estudos Ibéricos
-Minhas Senhoras e Meus Senhores


Estamos aqui reunidos para dar continuidade ao acto de lançamento da 1ª pedra do Centro de Estudos Ibéricos que ocorreu há pouco na Quinta do Alarcão.

Com esta cerimónia, ocorre o último acto oficial desta minha jornada no Distrito da Guarda.

Este projecto e esta ideia poderão ser emblemáticos do significado e contéudo desta semana, em que pude contactar com uma vasta problemática da interioridade e do seu desenvolvimento, mas igualmente pudemos ver e avaliar as vantagens da cooperação inter-regional e transfronteiriça para o desenvolvimento.

A materialização deste centro vem sublinhar uma das tónicas das minhas intervenções neste Distrito: Não há fronteiras inter-estaduais na União Europeia, não há fronteiras à iniciativa na cooperação entre-concelhos e entre regiões.

Como todos sabemos, nasceu esta ideia aquando das celebrações do Oitavo Centenário da Guarda e devemos ao Prof. Eduardo Lourenço esta brilhante e visionária iniciativa.

Infelizmente, apesar de desejável, não podemos contar com a sua presença nesta sessão solene, devido a problemas de saúde que a sua esposa enfrenta.

Quero por isso dirigir os meus afectuosos e solidários cumprimentos ao Prof. Eduardo Lourenço, Director Honorífico do Centro de Estudos Ibéricos, desejando o melhor restabelecimento da saúde da sua mulher, para que brevemente nos dêem a alegria de os termos entre nós.
Agradeço também especialmente, a todos os que souberam acolher esta ideia, assente na necessidade de valorizar o acesso ao conhecimento e à informação sobre a Península Ibérica e particularmente nas Regiões Centro de Portugal e na Comunidade Autónoma de Castilla y Leon.

Manifesto o meu agrado aos membros fundadores desta parceria que instituiu o Centro de Estudos Ibéricos saudando especialmente o Magnífico Reitor da Universidade de Salamanca D. Ignácio Berdugo e o Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra Prof. Doutor Fernando Rebelo.

O envolvimento destas duas mais antigas e prestigiadas universidades da Península Ibérica na prossecução dos objectivos do Centro de Estudos garantem a dinamização das iniciativas dentro dos maiores padrões de qualidade e exigência.

Cabe-me também felicitar a Câmara Municipal da Guarda, na pessoa da Senhora Presidente, por ter sabido entender o alcance de tão importante ideia de Eduardo Lourenço.

Efectivamente, Comemorar não é apenas reviver o passado. Comemorar é também pensar e projectar o futuro.

O Centro de Estudos Ibéricos será sem dúvida um factor do desenvolvimento através dos seus projectos de investigação e cooperação transfronteiriça . O Conhecimento e a informação são os mais sólidos alicerces do futuro colectivo.

As oportunidades que nascerão aqui para os estudiosos e investigadores virão a criar sólidas bases para o desenvolvimento dum imenso capital intelectual, científico e pedagógico e também económico, pela influência que poderá vir a ter directa e indirectamente noutras áreas, como o Património, o Turismo e a Educação entre outras.

Este Centro será mais um factor de dinamização da Guarda e regiões envolventes na Península Ibérica através das suas instituições, criando condições para estabelecer novas áreas de actividade.

O Instituto Politécnico da Guarda entendeu desde cedo este desafio, ao se associar como membro efectivo. O Centro de Estudos Ibéricos será mais um campo de trabalho para o Instituto Politécnico que dará um forte e indispensável contributo nesta iniciativa.

A articulação do Centro de Estudos Ibéricos com o Instituto Politécnico representará uma oportunidade de ligação do ensino superior aos projectos de desenvolvimento e estudo de um passado comum de Portugal e Espanha. O sentido e o conhecimento da História comum será mais um contributo para o entendimento de uma herança partilhada e para o alargamento da convivência e da cooperação.

No Distrito da Guarda, como tive oportunidade de ver, desenham-se novas fontes de desenvolvimento em áreas decisivas como o Turismo, o Património, a Indústria e Comércio que têm muito a lucrar com os projectos de investigação que serão tratados no âmbito Ibérico: História, Geografia, Economia, Direito e Sociologia.

A Câmara Municipal da Guarda, Universidade de Salamanca e a Universidade de Coimbra, entendendo o quão importante é este projecto, saberão dar todo o suporte académico, científico e organizativo para que o Centro de Estudos Ibéricos seja uma iniciativa bem sucedida.

É isso que todos desejamos, são também os meus votos.