A produção portuguesa na área do Design tem conhecido um enorme desenvolvimento. Ainda recentemente, promovi uma exposição de design português contemporâneo na Finlândia, por ocasião da visita de Estado que aí realizei em Outubro, e tive oportunidade de testemunhar o apreço e até a surpresa com que os nossos produtos foram recebidos num país onde as tradições de Design e o estado da arte nos colocariam, à partida, em posição desconfortável.

Na fase crucial em que a economia nacional se encontra sabemos que a inovação e a qualidade terão de constituir uma exigência fundamental sempre presente, sem a qual não nos conseguiremos impôr e, como já uma vez disse, sair da cêpa torta.

Felizmente, é cada vez mais generalizada a opinião de que o Design poderá dar um eficaz contributo para a afirmação dos nossos produtos, constituindo mais um factor para aumentar a competitividade e ajudar à internacionalização da economia.

É isto mesmo que entende o Centro Português de Design, ao centrar as suas atenções no desempenho das empresas e nos processos para melhorar a nossa produção através do fomento da cultura do Design.

Para os nossos produtos serem competitivos não basta recorrer a fórmulas antigas e que, em muitos casos, já não funcionam. Há que concertar e conjugar inúmeros factores, desde a criatividade até a uma maior incorporação do Design em todas as fases e etapas do processo produtivo. Naturalmente, isto é já aceite por todos; é preciso agora que se invista mais no nosso design e nos nossos designers.

Por isso, quero testemunhar o meu apreço pelos organizadores e participantes neste concurso, felicitando em especial os designers e as empresas distinguidas. Estes troféus, para além do significado especial que têm para os galardoados, representam um excelente estímulo e um desafio a todos os agentes económicos a que tenham a audácia de modernizar o que fazem e a forma como o fazem.