Mensagem ao Conselho Permanente de Concertação Social


30 de Maio de 2005


Portugal e os Portugueses estão perante uma situação complexa, que reclama esforços adicionais no sentido de responder à necessidade de realizar um programa completo de consolidação orçamental e de responder às causas politicas, económicas e sociais do defice orçamental acumulado durante um periodo longo.

Essa grave situação constitui um problema nacional, cuja resolução deve motivar todos os Portugueses, e, designadamente, o conjunto dos agentes económicos e sociais, que estão representados no Conselho Permanente de Concertação Social.

É nesse sentido que faço um apelo ao espirito patriótico e ao sentido de responsabilidade das associações sindicais e patronais e, por seu intermédio, aos trabalhadores e aos empresários portugueses.

Todos reconhecemos que as condições de resposta à crise orçamental e às suas causas mais profundas são tanto melhores quanto mais forte for a capacidade de concertação entre o Governo e os associações representativas dos interesses económicos e sociais. As dificuldades são, também, uma oportunidade para fortalecer e alargar o quadro institucional da concertação económica e social, indispensável para encontrar, pelo diáologo, as soluções que assegurem, paralelamente, a recuperação da economia portuguesa, a sua competitividade e uma crescente justiça social.

Tenho confiança na capacidade dos membros do Conselho Permanente de Concertação Social para chegarem a um compromisso solidário na análise dos problemas, na avaliação dos projectos e na formulação das respostas mais consistentes.

Os Portugueses esperam de todos os responsáveis uma atitude de firmeza na defesa do interesse nacional. Temos de nos unir para transformar as incertezas da hora presente em razões de confiança no futuro, assentes na co-responsabilização, no realismo e na solidariedade.

Lisboa, 30 de Maio de 2005